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Esquecimento: 6 causas que podem desencadeá-lo

O esquecimento, também conhecido como perda de memória, é a dificuldade de acessar as lembranças de curto e longo prazo. Quem sofre desse problema também não consegue armazenar novas informações com clareza. Em geral, é sintoma de que a atividade cerebral não está bem. 1

Existem muitas doenças que causam esquecimento repentino ou gradativo. Algumas dessas condições são bastante preocupantes, afetando tanto o paciente quanto seus amigos e familiares. 1

O impacto da perda de memória é significativo. É capaz de afetar a rotina e a socialização das pessoas, que podem esquecer fatos simples do cotidiano e até informações mais importantes, como quem são seus pais, filhos ou irmãos, por exemplo. 1

Entender os mecanismos por trás do armazenamento de lembranças e o que pode ser o esquecimento, bem como sinais de alerta que exigem cuidados especiais, é essencial para ter melhor qualidade de vida possível e envelhecer com dignidade. 1

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O que é a memória?

memória é um sistema complexo que engloba codificação, armazenamento e recuperação de informações ao longo da vida. Ela pode ser classificada de diversas formas, como visual, olfativa, auditiva, gustativa e tátil. 2

Ela é uma das funções cognitivas mais complexas dos seres vivos. De acordo com estudos científicos, a estrutura do sistema nervoso é alterada com o aprendizado e a retenção de novas informações. 2

Por exemplo, os neurônios processam uma quantidade imensa de informações, contribuindo para determinar o comportamento das pessoas. 2

Eles se adaptam rapidamente a estímulos externos e internos, modificando suas atividades sinápticas. Esse processo de resposta é chamado de plasticidade neural, ou seja, a capacidade dos neurônios de se transformarem para atender às demandas. 2

Essas mudanças neurais, que estimulam a plasticidade durante qualquer período da vida, podem ser as responsáveis pelo armazenamento da memória. 2

Como há várias etapas para a fixação da memória, é possível que, após o aprendizado ou a experiência vivida, a memória fique vulnerável a interferências.  2

Como funciona a memória?

A memória funciona por meio da expressão genética e síntese proteica no hipocampo, bem como outras áreas do cérebro. Após um acontecimento, esses processos iniciam a construção e fixação da lembrança, o que costuma levar em torno de seis horas.2

A síntese proteica no hipocampo acontece 12 horas depois da aquisição da memória, que pode persistir mais do que 48 horas. Esse processo se chama “manutenção” ou “persistência”.  2

Se houver falha nesse processo, há o esquecimento real, ou seja, a memória não volta. Como acontece, por exemplo, com alunos que estudam para provas e esquecem tudo dias depois. Caso a memória do estudo seja “persistente”, o aluno se lembrará do que aprendeu durante quase toda a vida. 1 2

A memória pode ser dividida entre curta e longa duração. Um fato curioso é que ela não pode ser armazenada de forma integral. É comum para os seres humanos abstraiam certas informações, o que estimula a inteligência para preencher as lacunas deixadas na memória fixada.1 2

É impossível guardar todas as informações, com riqueza de detalhes, sobre tudo que já vivemos. 1 2

O esquecimento fisiológico, quando algumas partes da lembrança não são registradas, é essencial para o bom funcionamento da memória: há seletividade e prioridade na hora de coletar e armazenar informações.1 2

Leia mais: Quais são as melhores vitaminas para memória e concentração?

O que provoca o esquecimento? 6 fatores

A perda de memória é, de fato, um sintoma de um problema maior, que está afetando o funcionamento do cérebro. Nos casos mais comuns, o esquecimento pode ser causado, ou piorar, por fatores, como: depressão, estresse, ansiedade, envelhecimento e demência. 1

Outras doenças que causam esquecimento repentino, embora menos comuns, são 1:

Há ainda casos que ocorrem por falta de sangue ou nutrientes fornecidos ao sistema nervoso central. Eles podem acontecer depois de uma parada cardíaca ou acidente vascular cerebral, por exemplo.  1

Também podemos citar, nesse contexto, quem sofre de 1:

Vamos abordar alguns desses cenários de maneira detalhada. Confira:

1. Depressão

A falta de concentração e o esquecimento ligados à depressão ocorrem como uma pseudodemência. Nessas situações, a pessoa nota a perda de memória e se queixa disso, por conta do impacto na sua rotina.  1

Nem todos os eventos são esquecidos, principalmente envolvendo informações importantes para o indivíduo. No entanto, a pessoa se esquece fatos do cotidiano ou tem dificuldade de resgatar memórias específicas com frequência. 1

Para quem sofre de depressão, a perda de memória surge acompanhada de tristeza intensa, sentimento de culpa, distúrbios do sono, lentidão ou até perda de apetite. Os sintomas variam de um caso para outro. 1

2. Estresse e ansiedade

Assim como a depressão, quem vive situações estressantes com frequência ou sofre de distúrbios de ansiedade pode sofrer com o esquecimento. Esses males afetam o mecanismo de construção de memórias, além de dificultar a lembrança das informações guardadas. 1

Em situações de baixa intensidade, o estresse e a ansiedade podem elevar o estado de alerta e melhorar a captação e o registro de memórias.  1

Porém, em casos severos, eles desviam a atenção e interrompem a atividade cerebral o tempo todo, fazendo a pessoa se esquecer de fatos que acabaram de acontecer ou ter problemas para relembrar eventos marcantes do passado. 1

3. Envelhecimento

Com a idade, é normal que o funcionamento cerebral apresente um declínio leve. Dessa forma, idosos podem se esquecer de fatos recém-aprendidos, como o nome de alguém que acabou de conhecer ou uma notícia que viu na TV. 1

Quando o esquecimento é moderado, não compromete totalmente o cotidiano do idoso, acontece principalmente como um atraso no processo de lembrança, impactando mais a memória de curto prazo do que a de longo prazo. 1

Vale destacar que a perda de memória é diferente em doenças como Alzheimer e demência, que afetam o cotidiano, o raciocínio e até o relacionamento do idoso com os familiares.  1

Além disso, há risco alto de acidentes, como se esquecer de tomar remédios, de se alimentar, de apagar o fogão, de trancar portas à noite e, até mesmo, sair de casa sem companhia ou não perceber o ambiente ao redor. 1

No caso do Alzheimer, é válido apontar que a pessoa fica bastante confusa. O idoso pode se lembrar de fatos e pessoas importantes, mas, frequentemente, mistura as histórias e repete o mesmo relato várias vezes, mudando alguns detalhes de um para o outro. 1

4. Utilização prolongada de medicamentos

A utilização inadequada e prolongada de medicamentos também pode causar esquecimento, principalmente aqueles que atuam no sistema nervoso central, como sedativos, hipnóticos e ansiolíticos. 1

Até mesmo alguns analgésicos com efeito estimulante podem provocar a perda de memória, quando consumidos em excesso. Isso porque eles induzem um estado de alerta constante e afetam os receptores de sinais nervosos no cérebro. 1

5. Privação do sono

O esquecimento pode ser causado por distúrbios do sono, como insônia, dificuldade de iniciar ou manter o repouso. É recomendado dormir uma média de oito horas por noite, o que ajuda a preservar as funções do cérebro. 1

Geralmente, é durante o sono que as memórias recém-criadas são fixadas, por isso, a privação do sono dificulta a lembrança. Além disso, o quadro provoca problemas de humor, déficit de atenção, raciocínio lento, obstáculos para tomar decisões e pode elevar o risco de doenças psiquiátricas. 1

6. Outros

Conforme citado, existem outras doenças que causam esquecimento repentino, mesmo que não sejam tão comuns. É o caso de 1:

Quando o esquecimento é preocupante?

Os maiores sinais de alerta para a perda de memória são 1:

Quando o esquecimento é preocupante e o paciente apresenta pelo menos um dos sintomas descritos, é recomendado procurar atendimento médico. O caso é urgente quando há1:

Em todos os casos, o médico irá questionar os sintomas e o histórico de saúde do paciente, avaliando como o esquecimento e a falta de concentração estão afetando seu bem-estar. Ele também poderá solicitar exames físicos e de imagem, dependendo do caso. 1

Quais são os tipos de esquecimento?

Existem dois tipos de esquecimento, o fisiológico e o patológico. O primeiro é normal e acontece com qualquer um, pois é um mecanismo para evitar a saturação do registro de informações. Já o esquecimento patológico causa preocupação, por ser um sintoma de que a função cerebral está prejudicada. 7

Entenda melhor cada um deles a seguir.

Esquecimento fisiológico

Quem nunca se esqueceu de algo, que atire a primeira pedra, não é mesmo? O esquecimento usual é comum e natural. Ele é chamado de fisiológico, considerado normal em pessoas de todas as idades. 7

Há alguns motivos para isso acontecer. Um deles é a saturação da memória. Ou seja, ela pode gerar uma barreira cognitiva ao aprender algo novo ou lembrar-se de fatos mais antigos. Normalmente, a saturação elimina memórias que remetem a medo, humilhações, momentos ruins e estresse pós-traumático. 7

A memória também é seletiva. E quanto mais as emoções estiverem relacionadas a ela, mais fácil será lembrá-la. As emoções podem melhorar a lembrança por meio da ativação da amígdala, que é um conjunto de núcleos nervosos situados no cérebro (lobos temporais). 7

Os diversos tipos de esquecimento fisiológicos confirmam que a memória apresenta falhas e não representam 100% os eventos vividos. Porém, o esquecimento também é visto como algo positivo e vantajoso. 7

Ele estimula a memória abstrata e genérica, possibilitando o desenvolvimento da própria inteligência e da função autoprotetora. Esse processo causa uma enorme economia cognitiva. 7

Muitos autores determinaram diferentes tipos de esquecimento causados de maneira fisiológica, ou seja, do próprio cérebro. Vamos citar aqui as principais teorias sobre o esquecimento fisiológico 7:

Ou seja, é bastante comum o esquecimento de situações recentes. As causas não são 100% determinadas, por isso, há diversas teorias sobre os tipos de esquecimento.

Esquecimento patológico

O problema do esquecimento pode se estender e começar a dificultar a execução de atividades diárias, por exemplo. Porém, diferentemente do esquecimento de eventos recentes ou do fisiológico, o esquecimento patológico tem causas definidas, como certas doenças neurodegenerativas.  7

Nesse caso, o esquecimento prejudica de forma irreversível as funções cognitivas da pessoa, como a doença de Alzheimer. Em um momento inicial, ela afeta os fatos recentes e a capacidade de adquirir novas memórias. 7

Depois, a doença evolui e atinge a memória antiga: o reconhecimento de amigos e familiares, os hábitos de vida, as habilidades e a própria identidade. 7

E como saber se o esquecimento é fisiológico ou patológico? Afinal, durante o envelhecimento, há a atrofia cerebral e a deterioração da memória, que causam, por exemplo 7:

Porém, quando o quadro ocorre apenas pelo envelhecimento, ele não prejudica muito o vocabulário, informações antigas, repetição de número em ordem direta e a realização de tarefas cotidianas 7.

Já para os casos de esquecimento patológico, especialistas chamam a atenção para alguns sintomas que indicam o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como 7:

Isto é, o cérebro está em constante alteração e construção. Algumas memórias precisam ir embora para abrir espaço para as mais novas. Porém, é importante ficar atento à evolução dos tipos de esquecimentos para, caso necessário, procurar um médico especialista para ter o diagnóstico correto. 7

O que fazer em caso de esquecimento?

A principal recomendação para quem sofre com falta de concentração e esquecimento em episódios frequentes consiste em consultar com um neurologista, para que ele possa avaliar o quadro e identificar o que provoca esses sintomas. Nem todo motivo para a perda de memória é grave, mas é melhor prevenir. 1

Além disso, é válido 1:

Embora algumas dessas medidas sejam apenas paliativas, elas servem de complemento para o tratamento com remédios para esquecimento. Em distúrbios moderados, pode ser que a memória seja restaurada. Porém, situações mais graves são possivelmente irreversíveis. 1

Como prevenir o esquecimento?

A prevenção da perda de memória é feita ao adotar hábitos mais saudáveis para sua vida, quanto mais cedo melhor. Essas medidas favorecem a manutenção das funções biológicas, diminuindo o impacto natural do envelhecimento e reduzindo o risco de doenças degenerativas. 1

Entre as recomendações mais comuns, estão 1:

Na questão da capacidade cognitiva, alguns fatores desenvolvem o intelecto e fazem bem ao cérebro, servindo também para prevenir a perda de memória. É o caso de 1:

Leia também: Como funciona a musicoterapia?

Os remédios para esquecimento são prescritos com base na causa do problema. Por isso, não é possível indicar apenas um grupo de medicamentos capaz de tratar a perda de memória. Para saber mais sobre isso, é recomendado falar com seu médico a respeito. 1

Como os suplementos podem melhorar a memória e a concentração?

Muitas vitaminas e minerais contribuem para o bom funcionamento do cérebro. Quando não se consegue quantidades ideais com a alimentação, o uso de suplementos de vitaminas para esquecimento e falta de concentração é válido. Os nutrientes mais importantes são 8:

Cada componente pode exercer uma função específica e entregar uma série de benefícios. Por exemplo:

Para saber se a suplementação de vitaminas e minerais é a melhor escolha, consulte seu médico. Com base nas orientações passadas por ele, procure o produto ideal para conquistar os benefícios desejados.

A Vitasay conta com uma linha completa de suplementos alimentares, que podem contribuir para diversas funções essenciais para o bem-estar e a saúde das pessoas. Você pode conferir a linha completa clicando no

Conclusão

Pelo lado positivo, o esquecimento é um mecanismo importante para evitar a saturação da memória e proteger o nosso psicológico em situações variadas. Porém, a perda de memória também pode significar que a função cerebral está prejudicada.

Ao notar sintomas que impactam a rotina pessoal ou de quem está ao redor, é importante procurar apoio de um neurologista para avaliar melhor o quadro.

No entanto, não é preciso esperar os sinais de esquecimento. Investir em hábitos saudáveis o quanto antes é a melhor forma de prevenir problemas de saúde, tanto a física quanto a mental.

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